Se você está ou já passou por aqui, já deve ter ouvido falar do Good Truck. O Good Truck é um projeto social idealizado por mim e realizado em conjunto com grandes corações 🙂 ❤
Ontem aconteceu mais uma edição do Good Truck! Basicamente, recolhemos comida do Ceasa e outros parceiros que seriam desperdiçadas e destinadas ao lixo, preparamos comida de qualidade, e distribuímos para pessoas que não tem acesso a uma alimentação descente. Dessa vez fomos, em parceria com a equipe do Restaurante Manu, até o Caximba – comunidade que vive em situação de extrema pobreza na periferia aqui de Curitiba. Mais de 100kg de comida deixaram de ir pro lixo pra alimentar aproximadamente 200 pessoas. Mas o projeto vai muito além do simples “alimentar”…
De acordo com a Pirâmide de Maslow, alimentar-se está entre as necessidades básicas para que um ser humano consiga desenvolver planamente as demais funções, seguida pela necessidade de segurança, necessidades sociais, de estima e de autorrealização. Portanto o projeto contribui para que as pessoas beneficiadas por ele tenham a garantia de que, pelo menos uma de suas necessidades básicas estará garantida nas dias de ação. Além disso, o projeto se encaixa em 3 dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável propostos pela ONU; são eles: 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável, 3 – Saúde e Bem Estar, 12 – Consumo e Produção Responsáveis.
Hoje em dia, cerca de 1,3 bilhão de toneladas de comida são desperdiçadas anualmente enquanto aproximadamente 795 milhões de pessoas passam fome. Essa quantidade de comida daria pra alimentar mais de 2 vezes o número de pessoas que passam fome. Foi essa informação que me levou a fazer algo pra mudar essa realidade.
“O Good Truck nasce, então, das minhas insatisfações mais profundas. De dar o mínimo de nutrição, tanto física, como espiritual, para quem não tem acesso a amor, a aconchego, à informação, à saúde. De minimizar os impactos de um setor que produz muito mais do que precisa e faz um movimento que minha cabeça se nega a entender – gerar muito, descartar muito.” (leia mais aqui)
E ainda bem que nasceu, e que vem dando certo! É lindo ver a reação das pessoas ao receber um prato de comida boa, quentinha e feita especialmente pra eles. Mais lindo ainda é ver que a ação impacta também os voluntários – à partir daquele momento, eles nunca mais vão olhar moradores de rua e pessoas em vulnerabilidade social com os mesmos olhos. Isso tudo além dos quilos e quilos de comida que foram salvas do lixo!
Ontem à noite, depois da ação, pensando sobre como tudo tem acontecido, e como minha vida tem mudado, cheguei a conclusão de que eu não gosto de me acomodar. Tenho a mania (ainda não sei se boa ou ruim) de querer mudar tudo que não condiz com meus valores, e por isso vivo “inventando moda” vegetarianismo, yoga, espiritismo, trabalho social/voluntariado, urbanismo, gastronomia, e por aí vai…
Tenho a grande honra de poder contar com a força e a garra da minha parceira Manu Buffara, que além de me inspirar e ensinar muito, acreditou em mim e me apoiou desde o princípio. Hoje, apesar de ser a responsável pelo projeto, conto com seus conselhos e suporte para administrá-lo e fazer as melhores decisões. Além disso, uma equipe cheia de vontade e bom humor corre ao meu lado: Mauricio Noronha (meu namorado, que sonhou comigo desde o primeiro dia, e trabalhou duro pra que tudo se concretizasse) e Priscila Kondo (minha irmã de coração), e também outros amigos e parceiros, tais como Gabriela Coutinho, Diogo Utrabo, Jussara Voss, Flavia Schiochet, Cristiane Esteves, Karelin Cavallari, e até mesmo o grande David Hertz, criador da Gastromotiva e do Refettorio.
Para o futuro, temos planos de manter uma cozinha base e nosso próprio food truck (hoje trabalhamos com o caminhão e cozinha de parceiros e amigos), além de abrir um cadastro de Amigos do Good Truck pra você que tem um food truck e quer sair em prol da ação, ajudando a minimizar a fome e o desperdício no mundo 🙂 Em um futuro breve faremos ações também em Florianópolis e São Paulo, aguardem 😉 Para agora, se você quiser ajudar e/ou fazer parte, pode doar para o projeto pela campanha da linda Karelin Cavallari (aqui) ou falar com a gente através do email goodtruckbr@gmail.com ❤
Para saber mais, dê uma olhada nas mídias em que o Good Truck já apareceu:
- Tutano Gastronomia – Bom e do Bem!
- Gazeta do Povo – Good Truck estréia nessa sexta feira!
- Gazeta do Povo – Chefs se Unem ao Good Truck, projeto que faz comida com alimentos que iriam para o lixo.
- Gazeta do Povo – Destaques e Novidades de 2016
- Record News
Além disso, veículos como RPC, Band, Record, Revista Menu e Revista Vegetarianos já falaram sobre o Good Truck por aí ❤ (obrigada a todos pela força).
Agradecemos também a todos o queridos que já colaboraram com o projeto até aqui: a todos os voluntários maravilhosos que já passaram pelo projeto, aos que trabalharam com a gente, lado a lado: Buteko FoodTruck (Foodtruck), PaneOlio/Labis Design (Cozinha), HortLev (Fornecimento CEASA), KatanaCut (Filmagem), Gus Benke (Fotografia), Vale Fértil, BioZ (Materiais de limpeza), Clube de Campo Graciosa, Juntos.com.vc (Campanha de Arrecadação), CrossFood (FoodTruck), Restaurante Manu (Cozinha e equipe), Eduardo Macarios (Fotografia), aos que apoiaram financeiramente: Silvia Wagner, Marcus Barbosa, Camila Gomes da Silva, Mayara Tieme Mino, Caetano Barbieri, Giovanna Chiesa Borba, Jussara Voss, Cristiane Esteves, Felipe Mertens Brancher, Felipe Alves, João Paulo Martins da Silva, Erik Alexandre Pucci, Luanna Hedler, Interact Comunicação, Karelin Cavallari, Grecimar Gaburro Paneto, Larissa Maluf Maroço, Gabriel Galvão Gandara, Luísa Olinger Prada, Caetano Borio, Mariana Nespoli, Madalena Alves dos Santos, Bia Nunes de Sousa, Patricia Murno Sakaguti, Suzanne Ramos, e por aí… ❤❤❤❤❤
Referências:
- http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/05/795-milhoes-de-pessoas-passam-fome-hoje-mas-o-mundo-ja-foi-pior.html
https://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/2014/05/06/enquanto-milhoes-passam-fome-13-bi-de-toneladas-de-comida-e-desperdicado.htm
Eu sou a Gabi ? Sou arquiteta urbanista e metida a cozinheira! Desde que resolvi entrar no mundo do esporte, mudei minha alimentação e, consequentemente, meu olhar sobre o mundo e sobre o meu corpo. Hoje sou maratonista, me locomovo principalmente de bike, não consumo carne há três anos, intolerante à lactose, e vivo inventando moda na cozinha, onde aprendo muito todo dia