Bolo de fubá sem glúten e vegano, com crosta crocante de coco. Digno de receita de vó ♥
Quem não gosta de bolo de fubá, né?
Tem gostinho e cheirinho de casa da vó no fim de semana de frio.
Quando eu era pirralhinha, morava com a minha vó, e vivia me aventurando na imensidão de receitas que ela fazia. Meu vô era louco por bolo de fubá, tinha que ter TODO DIA (tipo nóis e a pasta de amendoim 😛 ), mas ele não gostava daqueles cheios de goiabada ou “melecas” segundo ele mesmo haha Pro meu vô, bolo de fubá bom, era com erva doce 🙂 Meu irmão costumava chamar, gentilmente, de bolo de “inseptos” por causa do aspecto engraçadinho da erva doce, que ela acreditava piamente ser algum inseto.
Quando quis fazer o meu próprio bolo de fubá, pedi a receita da minha vó e pensei em trabalhar em cima dela, com substituições e tal, mas a estrutura do bolo vegano (e ainda mais sem glúten), não tem muito a ver com a estrutura de um bolo normal, então dei uma breve olhada no bolo dela e parti em busca do meu próprio hahaha O dela levava só fubá, mas como a ideia era, além de sabor, agregar nutrientes, utilizei outras farinhas e ingredientes.
Uma curiosidade interessante sobre bolos veganos e/ou sem glúten: Aqui não temos o ovo/glúten pra dar estrutura à massa, então é legal que você estimule a produção de CO2 pra ajudar o bolo a ficar fofinho. Essa produção acontece quando você adiciona o fermento em pó e/ou o bicarbonato de sódio (contido no fermento químico também), só que se você adicionar muito fermento, vai acabar alterando o sabor do bolo, isso porque o fermento/bicarbonato acaba alcalinizando a mistura e ficando com um sabor meio ferroso. No caso de bolos que levam cacau, por exemplo, que já é meio alcalino, essa diferença fica ainda mais perceptível. Minha sugestão então é usar o sempre usar um ingrediente mais ácido pra normalizar o sabor; além disso esse ácido vai ajudar a potencializar a produção de CO2 🙂 – se você quiser ler mais sobre como fazer bolo vegano e sem glúten, dá uma lida nesse post aqui. 😉
Bom, já que “bolo de fubá bom é bolo de fubá com erva doce”, é claro que usei erva doce no meu, mas tinha uma outra coisa que minha vó fazia as vezes, que eu – e minhas lombrigas – nunca esquecemos: uma crostinha de coco SENSACIONAL! É OBVIO que eu ia trazer ela pro meu bolo também, né? haha Não sou boba nem nada! 😛 Quem fizer, me conta o que achou? 🙂 ♥
- 1 xícara de fubá mimoso
- 1/2 xícara de farinha de arroz
- 1/2 xícara de farinha de grão de bico
- 3 colheres de sopa de fécula de batata
- 1 xícara de açúcar mascavo
- 1 xícara de leite de coco caseiro
- 1/3 de xícara de óleo de coco
- 1 colher de café de goma xantana - opcional
- 1 colher de sopa bem cheia de erva doce
- OUTROS
- 1 colher de sopa de fermento químico
- 1 colher de sopa de vinagre de maçã
- Açúcar mascavo e coco ralado suficiente pra crosta (aproximadamente 1/4 de xícara de cada)
- Preaqueça o forno a 180ºC.
- Unte uma forma com furo no meio.
- Em um recipiente, misture os ingredientes secos (farinhas e fécula). Reserve.
- Em outro recipiente, misture os ingredientes molhados e, com ajuda de um fouet, mexa bem até que o açúcar esteja completamente dissolvido.
- Misture os ingredientes secos nos molhados e misture até obter uma massa homogênea.
- Acrescente o fermento e o vinagre de maça e e incorpore à massa, mexendo delicadamente.
- Despeje a massa na forma e polvilhe a misturinha de coco ralado e açúcar mascavo por cima.
- Leve o bolo para assar a 180ºC por aproximadamente 40 minutos (sempre faça o testo do palito)
- A farinha de grão de bico pode ser substituída por farinha de aveia, preferencialmente, ou por mais fubá ou farinha de arroz. Prestando sempre atenção na proporção de água (a textura deve ser igual à da foto).
- Se você não tiver óleo de coco em casa, pode usar qualquer outro óleo de sua preferência.
- O uso da goma xantana é opcional, mas ela ajuda a reter umidade e melhorar a textura do bolo, geralmente encontra-se em casas de confeitaria 🙂
Eu sou a Gabi ? Sou arquiteta urbanista e metida a cozinheira! Desde que resolvi entrar no mundo do esporte, mudei minha alimentação e, consequentemente, meu olhar sobre o mundo e sobre o meu corpo. Hoje sou maratonista, me locomovo principalmente de bike, não consumo carne há três anos, intolerante à lactose, e vivo inventando moda na cozinha, onde aprendo muito todo dia